Jornalista - Uma profissão que fascina, encanta e estressa...

Quando eu ainda era estudante do segundo grau, minha disciplina preferida era língua portuguesa, principalmente quando a professora passava redação. Às vezes, o tema era livre, em outras era direcionado. Também havia momentos em que tínhamos que escrever poesias. E, talvez por isso, hoje eu tenha mais de 400 poemas escritos por mim e dois blogs (este e o Destino Mundo Afora - sobre lazer e viagens). Bem, comecei a falar sobre isso porque realmente foi o que me estimulou a escolher a profissão que queria seguir: ser jornalista.

Quando a gente entra na faculdade de jornalismo o sonho é ser como Clark Kent e Louis Lane, personagens da ficção. Mas, a gente aprende que não é bem assim. Jornalista não é super-herói. E é preciso gostar muita da profissão, pois o jornalista trabalha incansavelmente em busca de notícias, de furos, de fontes confiáveis. Muitas vezes não tem sábado, não tem domingo, nem feriado. Não tem hora para ser jornalista. Enfim, não é tão fácil como muita gente acredita.
O jornalista trabalha muito (e gosta), pois cada dia é um dia diferente. Não há mesmices, não há repetições. As notícias são sempre outras, sejam boas ou más. Feriados e domingos? Para quê? Dependendo do veículo de comunicação em que se vai trabalhar, há escala de plantões para que a notícia chegue ao leitor/telespectador. E, mesmo assim, é gostoso.

O que mais gostava na faculdade, por incrível que pareça, era rádio e TV. Sempre curti os laboratórios e as aulas práticas. Tive bons professores. Não era muito fã de jornal impresso e, apesar disso, foi onde tive a primeira oportunidade de trabalhar. E é onde estou até hoje.
Já entrevistei artistas, políticos e enfrentei chuvas, trovões e alagamentos. Fiz matérias de pessoas que perderam casas em incêndios e desabamentos, mas também de pessoas que ganharam um novo lar com a ajuda de terceiros. Passei por momentos de tensão e de descontração e até tive que ir à delegacia responder a um boletim de ocorrência por causa de uma matéria feita. Cobri eventos e até funerais. Mas é fascinante trabalhar nesta profissão - e estressante também!
Para quem não sabe, no jornalismo há várias opções de trabalho (tem muita gente que acha que é somente TV, rádio e jornal)... Mas há ainda as assessorias de imprensa, as mídias sociais, os sites... E a vontade de atuar na área, claro, é essencial, pois tem muitos que terminam a faculdade e seguem outros rumos profissionais. Em quatro anos de faculdade, aprendemos o que é o jornalismo de verdade, a ética na profissão, a importância do diploma (apesar do STF ter derrubado, em 2009, a exigência do mesmo), aprendemos regras, a fazer fotografias e até revelar filmes, a editar matérias, fazer títulos, a perder o medo de falar em público e a memorizar falas...

Minha turma, de 1998, fez uma camiseta que dizia: "Ser jornalista é ser economista, político, escritor... E, acima de tudo, amante da verdade". Como muitos dizem (e até concordo!), o jornalista é aquele que sabe de tudo um pouco (medicina, psicologia, engenharia, estética, economia, política), mas no fundo, no fundo, não sabe de nada.
Não vou me estender muito aqui... Na verdade, este post é apenas para falar um pouquinho desta profissão tão incrível e fascinante. Dia 7 de abril é o dia do Jornalista. Então, esta mensagem é para todos os meus coleguinhas de profissão e aos futuros... Um brinde, com muito café!!! Sem jornalista, não há notícias. Sem notícias, as pessoas ficam presas ao seu próprio mundo...