sábado, 23 de fevereiro de 2013

Sonhos, sentimentos e as surpresas da vida

É incrível como não somos nada, nem ninguém, sem sonhos. E como, muitas vezes, a vida dá tantas voltas que nos fazem realizá-los, sem mesmo notarmos... Quando era criança, tinha um sonho (quase secreto) de morar no Rio de Janeiro. Era um sonho distante da minha realidade, que na época morava em uma pequena e pacata cidade chamada Tubarão (hoje, um pouco maior, claro...), em Santa Catarina. Mas tinha bem claro em minha mente que um dia iria para lá...


Algum tempo depois, veio a surpresa: meu pai anunciou que iríamos nos mudar para o Rio de Janeiro. Chorei, chorei... Tinha meus amigos aqui, paquerinha da escola, família. Mas... Fui! De um lado, a tristeza por deixar aqueles que faziam parte do meu cotidiano. De outro, a vontade de realizar aquele sonho infantil.
Realmente, foram quase sete anos de extrema felicidade. Fiz amizades, tive amores e bons momentos, alegrias e tristezas, aproveitei minha adolescência da melhor forma possível. E hoje tenho dentro do coração aquela nostalgia.
Quando voltei para Santa Catarina, novamente chorei muito. Não queria voltar, perder laços de amizade, deixar para trás aqueles momentos felizes. Mas entrava em outra fase da minha vida: a faculdade de jornalismo (outro sonho infantil, já que brincava de bancada de Jornal Nacional)... Cheguei a entrar em depressão, pois saí de uma metrópole e voltei para a cidade do interior catarinense. 
Hoje, confesso que estou fazendo planos de voltar ao Rio de Janeiro, não para morar, mas para visitar a cidade que me acolheu um dia. Por várias noites, sonhei que estava na Cidade Maravilhosa, tentando entrar em contato com amigos, sem sucesso. Acho até que esses sonhos me perseguem devido à vontade que tenho de ir para lá.
Porém, acho que não me sinto preparada para voltar. Sei que os sentimentos recolhidos em meu coração irão aflorar muito fortemente. Sei que vou cair em lágrimas por poder matar um pouquinho a saudade de um tempo que se foi. - Isso aconteceu comigo recentemente, quando fui a Porto Alegre, em frente ao prédio onde meus avós moravam... Emocionei-me muito, pois foi lá que vivi momentos maravilhosos com eles. - Inclusive, acho que ainda não consegui voltar ao Rio justamente por estar, inconscientemente (se é que isso é possível), sendo preparada para tal momento.


Depois que vim para cá, em 1998 - quando entrei na faculdade -, não consegui voltar ao Rio de Janeiro. A vida foi me colocando em caminhos opostos, mas nunca deixei a vontade de voltar de lado. Nesse meio tempo, já recebi visitas: Jorge e Deyse (pais da Lucianinha e do Rodrigo Soares), do Ronilson e da Tereza e do Nerinho. E não consegui viajar ainda para a Cidade Maravilhosa. Este ano, coloquei como meta e espero que este sonho seja realizado. E desejo, inclusive, encontrar algumas pessoas que fizeram parte da minha vida...
Afinal, quem somos nós sem sonhos?

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