segunda-feira, 11 de novembro de 2013

A que ponto chegamos?

A família de hoje, cada vez mais, tem jogado para a escola a responsabilidade de educar as crianças e muitos pais, infelizmente, não têm o mínimo discernimento do que é certo e errado. Prova disso é o caso recente da professora de Tubarão que foi agredida por uma mãe inconsequente e irresponsável, só porque a docente chamou a atenção da filha.


O professor, além do pequeno salário que recebe, não tem mais respeito e segurança dentro do seu próprio ambiente de trabalho. O dia a dia nas salas de aula tem sido cada vez mais complicado, já que hoje o aluno pode tudo - ser mal educado, responder, gritar, agredir, ameaçar - e o professor, por outro lado, nada pode fazer. Isso resulta em profissionais afastados por estresse, depressão ou outros casos de doença.
Sinto-me, assim como toda a classe, tão agredida quanto a professora de Tubarão. Que exemplo essa mãe dá para os filhos? Que a agressão resolve tudo? Cadê o diálogo e o respeito diante de um profissional que está todos os dias batalhando em prol da educação das crianças e jovens?
Os alunos estão cada vez mais intolerantes a comandos e não aceitam que a autoridade máxima dentro da sala é o professor. Como professora, enquanto estive em sala de aula, já ouvi pai falar “que o problema com o filho dele é da escola. Que se virem!”.


O significado de respeito, honestidade, caráter, tolerância, humildade, amor, igualdade, responsabilidade, entre tantos outros, precisa ser ensinado desde cedo para as crianças. E as famílias estão esquecendo o principal: que esses valores devem ser ensinados dentro de casa e devem ser levados para a vida toda e em qualquer lugar ou situação.
Sinceramente, fico preocupada com a atual situação da educação no país e pela qual estes mesmos professores - que são agredidos todos os dias por pais e alunos (tanto fisicamente quanto verbalmente) - lutam incansavelmente. A que ponto chegamos?

Artigo que escrevi para o Diário do Sul. 

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